Hoje Kurt Cobain não completaria 45 anos se estivesse vivo, aliás, isso teria acontecido no dia 20 de fevereiro desse ano. Também não é o aniversário de morte do Kurt, que em 2012 completou 18 anos e muito menos a comemoração da maioridade do Nevermind, que ocorreu no dia 24 desse mês.
Mas para falar sobre o Kurt ou sobre o Nirvana não é preciso ter data especial. Afinal, quem me conhece sabe, eu os acompanho desde que comecei a entender ou tentar entender um pouco mais sobre música.
Ok, era amor platônico pelo Kurt, pelo Nirvana, por tudo que estava envolvido na atmosfera Grunge, tempo esse em que eu vivia uma das melhores fases da vida, a adolescência. Meu primo mais velho me apresentou o Nirvana, a primeira música que escutei foi Smells Like Teen Spirit (isso deve ter sido igual para muita gente) e nunca mais parei de ouvir. Disseminei por todos os lugares onde passei e para todos que conheci. Como se fosse um vírus. Eu apenas queria que tivessem o mesmo olhar que eu. Alguns tinham, ou pelo o menos, fingiam ter. Embalados pela “transformação” que acontecia no universo musical naquela época. Tive alguns discípulos. Era obsessão, sei lá. Só sei que era intenso, talvez tenha sido um dos meus maiores amores, digo isso no sentido de devoção, é acho que a palavra é essa, devoção. Nunca fui tão obcecada por nada como fui nessa época por ele/eles.
Era a primeira vez na vida em que colecionava algo. Recortava todas as reportagens de revistas e jornais que tinha acesso e guardava com muito carinho em uma pasta, daquelas pretas com plásticos dentro. Fiz um acervo em fitas VHS (é eu sei, muitos nem sabem o que são), com tudo que passava na MTV, que era a única emissora de Tv da época que nos mostrava o que havia de música ao redor do mundo. Comprava todas as revistas que eles saíam na capa, fossem importadas ou não. Comprei alguns discos (vinil) e logo todos os Cd's. Com o tempo foram aparecendo os Dvd's (que eu compro/ganho até hoje). E você deve se perguntar: "Onde tudo isso está?" Continua intacto, guardado em seu devido lugar, com todo o zelo de anos atrás. Não tenho coragem de me desfazer, aquilo fez e faz parte da minha vida. Se me desfizesse seria como querer apagar algo inapagável, entende? Não? Nem eu.
Os amigos mais próximos sempre associam o nome Kurt Cobain/Nirvana a minha pessoa, ficou marcado na minha identidade. Esses dias mesmo, ganhei uma revista só sobre eles do amigo e leitor Renato Albuquerque.
Confesso, hoje ouço raramente, afinal não tem novidades. Com a morte do Kurt e o fim do Nirvana, não tem muita coisa sobre eles que eu não saiba. De vez em quando surge um boato aqui outro ali que vão lançar um filme e blábláblá ...
Tem um filme dirigido por Gus Van Sant chamado Last Days e protagonizado por Michael Pitt. Não achei lá grande coisa, mas se for a título de curiosidade, assista. Existem inúmeros documentários, poderia citar vários, mas isso talvez fique para um próximo post.
Por ora, indico o livro que estampa a imagem acima, que se chama Heavier Than heaven - Mais pesado que o céu, uma biografia escrita por Charles R. Cross, que conta com muitos detalhes a vida de Kurt Cobain.
Eu vi o "Cometa Nirvana" passar e me sinto privilegiada por ter vivido o grunge, com calças rasgadas, casacos xadrez de flanela e tênis all star (tenho várias fotos de arquivo pessoal exatamente com estas vestimentas).
Os anos passaram e me permiti ouvir outras coisas, sem gerar títulos, sem preconceito. Comecei a viver com outras trilhas sonoras. Mas eu nunca vou deixar de gostar, não vou deixar de ler algo sobre eles. Jamais vou esquecer aquela onda que nunca passou.
Juliana Morais
Nirvana, a melhor banda de todos os tempos.
ResponderExcluirNós concordamos, Diego. Obrigada por comentar.
ExcluirFoto massa!
ResponderExcluirGrata, Denise!
ExcluirBeijo