quarta-feira, 13 de maio de 2015

The Kooks - Lollapalooza/2015


Era domingo, mais precisamente, dia 29/3/2015, São Paulo amanheceu com cara de São Paulo, nublado e garoando. Pegamos um táxi no Jardins em direção a Interlagos. Mas todo esse trâmite não é assim tão simples, isso inclui táxi, metrô, trem, e mais uns dois quilômetros de caminhada intensa, pista íngreme, etc... Tudo a seu desfavor. Você olha em volta, e a vida está expressa em cores, ambulantes, estilos, muitos sons, pessoas tocando instrumentos inusitados durante toda a caminhada. A magia que paira no local, te atrai, você se desliga, para pra tirar fotos, aplaude os músicos, sorri à toa. No meio do percurso, nos deparamos com um Sr. usando um megafone, dizendo em alto e bom som: “Salvo você do homossexualismo, eu sei a cura”, pensei: “Maluco!Você vai apanhar. É apenas questão de tempo, ou não.” Esqueço por um minuto de tudo que tem ao redor e meu pensamento é singular: Vou perder o show do The Kooks.

O show de umas das minhas bandas preferidas estava marcado para 16h30m. Olho o relógio, ele marca com exatidão 16h, e se tem uma coisa que acontece no Lollapalooza e que aprecio mucho, é a pontualidade. Mal pensei em respirar, olhei para a amiga e sem precisar falar nada, começamos a correr. Corremos como duas adolescentes, nós dávamos gargalhadas de felicidade, de ansiedade, de vergonha, da mistura de sentimentos momentâneos. E, lhe digo, a corrida foi longa. Os minutos passaram como se fossem segundos, cada vez que eu me preocupava com o tempo, eu perdia tempo. Respiração mais do que descontrolada, parecia que como num golpe fatal, eu cuspiria o meu coração. Jamais poderia suportar o fato de perder aquele show. E essa que humildemente vos escreve, estava com o coração despedaçado (fossa mesmo, amigo. Mas aprendi: “Coração em carne, vive!!”),e o único motivo de não ter desistido de ir ao festival, era o fato deles tocarem!!!!!E sim, abstrair, abrir o coração para a vida de novo. Ou seja, perder o show, era perder todo o sentido de estar ali naquele momento.

Chegamos! O Lolla estava lá, acontecendo. Festival das cores, das cangas, dos beijos, dos gritos, dos amigos! Certo, respira mais um pouco e corre mais ou menos um quilômetro do lado de dentro do autódromo para chegar ao palco. Percebemos que praticamente todas as pessoas se deslocavam para a mesma direção. Ouço os acordes das guitarras e os gritos de uma voz meio rouca do Luke Pritchard, e, quase que sem acreditar, finalmente consigo enxergar o palco, eu os vejo! 

                                                                                                                                                                              crédito: Revista Rolling Stone

Adentramos o mar de gente e nos posicionamos o mais próximo possível ao palco. Ao vermos todas aquelas pessoas eufóricas, fomos nos desligando de todo o esforço físico para chegar ali a tempo. Sinceramente? Escrevi esse texto somente para salientar o que vou descrever ou ao menos tentar. Peço desculpas aos que acham que isso não tem significado algum, ou que seja “rasgar” dinheiro, blábláblá... Um dos momentos mais felizes da minha vida, é quando estou tête-à-tête à qualquer banda/músico que eu amo! Se felicidade tem algum significado “materializado”, um deles é esse! Eu me envolvi de tal forma, que eu esqueci totalmente durante uma hora, quem eu era, o que estava fazendo, o que aconteceria depois daquela mísera uma hora. Minha amiga teve a brilhante ideia de comprar cerveja e gentilmente disse para eu ficar onde estava. E lá, fiquei. Finquei raízes de alegria, adoração e qualquer outro adjetivo que exista para tal fenômeno. Conheci pessoas que estavam lá pelo mesmo motivo que eu, que cantava com alma, que dançavam como se estivessem em casa em frente ao espelho, que riam quando o vocalista agradecia aos Brasileiros. Foi mágico, foi transcendental. Sorry, por todos que falaram mal, não me importo. O que  importa é que eu estava lá, vi, senti, e vivi aquela mágica.



                                                                 Bad Habit - Listen

Obrigada, Lollapalooza! Mais um ano de gratidão infinita aos velhos e aos novos amigos de Festival! Obrigada The Kooks, espero vê-los em breve. Foi M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!!!


Juliana Morais

4 comentários:

  1. Você não poderia faltar ao evento!! Já faz parte da sua vida.

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    1. Verdade, Dedes! Faz parte da minha história.
      Grata pelo comentário. Nos visite mais vezes.
      Um Beijo

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