Iniciei o texto pensando em abordar a violência nos cinemas. Quando ela vira protagonista, gratuita e desproporcional, como em 70% dos filmes holliwoodianos atuais.
Mas aí, felizmente ponderei:- Pra quê? Pra quê dar mais destaque a esse comportamento execrável, por mais que se disfarce de instintivo? Sim, sentimos raiva, nos descontrolamos, criamos e somos vítimas de atos vândalos, mas deixar que isso impregne nossa arte, nosso entretenimento, nossa cultura?!
O que me conforta é que o mercado cinematográfico tem lugar para quem pensa como eu. Principalmente a produção argentina.
Lembrando dos últimos dez filmes argentinos que assisti, não consigo recordar um que dê destaque a violência. Pelo contrário. A singularidade do cotidiano, a comédia da existência, a empatia das personagens, a escolha pela estética documental, o fascinante elemento supresa e outras características muito bem descritas nessa análise de Heitor e Silvia Reali, conquistam cada vez mais prêmios e fãs pelo mundo.
Medianeras- A arquitetura influenciando comportamentos
El Hombre de al lado- A estética desumanizando pessoas
XXY, meu favorito- Sexualidade, identidade e escolha
Enfim, mais uma provocação deste blog. Priveligiar a inteligência à Violência. Topa?
Marina Marinho
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